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SALARIS
ficções a partir do sal

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ficções a partir do sal

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Exposição | SALARIS - Ficções a Partir do Sal

 

No dia 17 de abril os artistas Maura Grimaldi, Natália Loyola e Victor Gonçalves se juntam à Associação Alfaia e ao Festival Verão Azul para a inauguração da exposição SALARIS - Ficções a Partir do Sal. A mostra é uma intervenção artística em uma Mina de Sal-Gema em Loulé com cerca de 45km de extensão. Cada autor ocupará uma câmara distinta dentro deste complexo subterrâneo, criando um percurso que convida os visitantes a uma jornada através de diferentes explorações artísticas do sal, da geologia e das relações humanas com o ambiente natural e tecnológico.

 

Maura Grimaldi transformará sua câmara em um espaço de imersão de imagens, buscando relações entre a experiência do cinema e o mundo subterrâneo das galerias da Mina. Pretende ainda, fazer uso daquilo que intitula “práticas lentas” ao utilizar formatos analógicos, como o 16mm, e processos químicos em seu ateliê. Natália Loyola, explorando o campo das ecologias sonoras, desenvolverá instalações que transformam o tátil em experiências sonoras. Sua obra investigará a relação tênue entre artificial e natural, entre linguagem, espacialidade e geologia, integrando elementos tecnológicos para criar ambientes sonoros imersivos que convidam à reflexão sobre as narrativas do Capitaloceno. Victor Gonçalves apresentará duas instalações que exploram a relação tempo e matéria. “Evento Sentinela” composta por mais de 1.300 barcos de papel, feitos com o relatório da CPI da Braskem no Senado Brasileiro sobre o crime ambiental na mina de sal gema de Maceió. Os barcos, dispostos sobre uma plataforma de 130 m², transformam o documento oficial em uma experiência visual. Já “Situação-Salobra” propõe uma imersão sonora e tátil, onde o público é convidado a estar diante de blocos de sal. Ambas as obras investigam a fragilidade entre meio e mensagem e a tensão entre o artificial e o natural.

Cada instalação aproveitará as características singulares da mina de sal-gema, desde sua escuridão natural até suas paredes cristalinas, para criar experiências imersivas e reflexivas. Este projeto não apenas destaca as práticas individuais dos artistas, mas também cria um diálogo entre suas abordagens, oferecendo aos visitantes uma perspectiva multifacetada sobre as complexas relações entre humanos, tecnologia e o ambiente natural no contexto contemporâneo.

artistas

Maura Grimaldi (São Paulo, Brasil) transita entre a pesquisa acadêmica e a prática artística cuja obra aborda majoritariamente temas relacionados às tecnologias obsoletas a partir da experimentação com dispositivos ópticos diversos para refletir sobre a economia da atenção e as formas de subjetivação na contemoraneidade. Vive e trabalha em Lisboa.

Nasceu em São Paulo (Brasil) onde realizou a sua licenciatura e o seu mestrado na área das Artes Visuais na Universidade de São Paulo. Entre suas principais exibições e projetos destacam-se a sua individual “Saxa loquuntur [as pedras falam]” em Lisboa (Portugal, 2024), o prémio ibérico Apoio a Criação’22 da Fundação La Caixa (2022/2024), a residência artística em Genebra no âmbito da bolsa oferecida pelo Pro Helvetia/ COINCIDENCIA South America / Swiss Art Council (Suiça, 2021), a exposição individual “The work appering in your memory is not mine” na Galeria Virgílio (2018); o programa de acompanhamento crítico PIMASP coordenado por Adriano Pedrosa e Tobi Maier no MASP (Brasil, 2016/2017), a VI Bolsa Pampulha no Museu de Arte da Pampulha em Belo Horizonte (Brasil, 2016), a XI Residência Artística do Red Bull Station (Brasil, 2015), a exposição “A vanguarda está em ti” na ocasião dos 55 Anos do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (Portugal, 2014), I Mostra do Programa de Fotografia 2012/2013 no Centro Cultural São Paulo (2012) e a exposição individual “Esquinas” realizada no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. (2012). 


Natália Loyola (Campinas, Brasil, 1981) é artista visual e pesquisadora que vive e trabalha em Portugal. Seu trabalho atual foca-se no campo instalativo, integrando elementos de geologia e tecnologia. Iniciou sua trajetória na fotografia e atualmente desenvolve instalações que investigam a relação entre linguagem e espacialidade, a linguagem como força geológica, questionando as narrativas do Capitaloceno e as relações humanas com o mundo mineral. Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e com mestrado em Antropologia - Culturas Visuais pela Universidade Nova de Lisboa. Recentemente, em 2024, participou da XXIII Bienal de Arte de Cerveira, onde recebeu o Prêmio Aquisição da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira por sua obra "F(r)icção de grito". No mesmo ano, realizou a exposição individual "A pele da terra" no Coletivo Amarelo em Lisboa, com curadoria de Sofia Steinvorth.


Victor Gonçalves (Brasil, 1989). Artista visual. Vive em Lisboa desde 2017. Sua investigação artística está no campo do desenho expandido por meio de objetos, máquinas e instalações. Seu trabalho discute os limites e a fragilidade das relações humanas na produção do espaço habitado; a presença como assunto da experiência visual e a crítica ao utilitarismo, instrumentalização e domesticação da linguagem artística. Estudou desenho na Escola Ar.Co, Lisboa (2017-2020). Formou-se em Geografia (UNESP) e em História da Arte (IEB-USP). Ele recebeu da DGartes apoios para projetos em 2022 - Paisagem das Horas; 2023 - Atirantar o Som e 2024 - Salaris, com Maura Grimaldi e Natalia Loyola. Exposições incluem “Por um Fio” individual no NowHere, Lisboa (2021), “fueradeforma” em Barcelona (2021), XXII Bienal de Cerveira (2022), e “Anonyme Zeichner” em Berlim (2022) e Nos_ em Madrid (2024). Em 2023 faz parte da publicação Portuguese Emerging Art. É fundador e diretor da Associação Atelier B12.

infos

EXPOSIÇÃO SALARIS - Ficções a Partir do Sal

Evento de abertura 17 de abril de 2025 | 16h às 18h

Datas: 17 de abril a 16 de maio de 2025

Horários: Aberta para visitação nos dias úteis, nos horários de 9h30 às 11h e 14h30 às 16h. 

Acesso: a mina não é acessível para cadeirantes. Os grupos de visitantes (6 pessoas máx) descem, por elevador, equipados com os EPIs obrigatórios fornecidos pela instituição.

MORADA: Minas de Sal Gema de Loulé | Techsalt | R. Combatentes da Grande Guerra 80, 8100-616 Loulé | Portuga

 

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

Artistas:

Maura Grimaldi

Natália Loyola

Victor Gonçalves

 

Texto de: 

Nuno Marques

Comunicação:

Thiago Carrapatoso

 

Apoios:

República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes

Associação ALFAIA

Associação CASA BRANCA

Festival Verão Azul

TechSalt

Associação Ateliê B12

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